TEATRO TOITOI resulta do trabalho conjunto de Marta Félix e Ricardo Vaz Trindade, que desde 2011 constroem espetáculos com dramaturgia original criada a partir de colaboração criativa e devising. A graça (“humor” caiu em desuso), a gloriosa estupidez e o redondo falhanço são as linhas de força de uma companhia faz-tudo (“multidisciplinar” caiu em desuso) que procura a todo o custo:
(escolher) - a consagração nos mais altos patamares da cultura internacional - dinheiro suficiente para almoçar leitão aos domingos - fazer o mundo sorrir - ter uma página na wikipédia daqui a 12 anos - programar um cineteatro da beira baixa - ter bilhetes à pala para o nacional - fazer o mundo sorrir ainda mais - fazer implodir o sistema - servir de momento-charneira na (des)continuidade epistemológica entre o Fluxus e a Alternativa 0 no panorama da art performance em Portugal - brincar na areia da praia do Restelo - ser uma plataforma com mobilidade.
MARTA FÉLIX Começou a fazer teatro em Guimarães, no TERB, tendo posteriormente pertencido ao TEUC. Trabalhou com Nuno Pino Custódio, Ricardo Vaz Trindade, Carlos Marques, Gonçalo Amorim, Hélder Costa, David Pereira Bastos, Joana Providência, Catarina Santana, Projecto BUH!, entre outros. Para além de atriz, é produtora, tendo colaborado com projectos de Ainhoa Vidal, Costanza Givone e Marionet. É licenciada em Estudos Artísticos pela FLUC.
RICARDO VAZ TRINDADE Faz teatro desde 1996, ano em que ingressou nas fileiras do CITAC. É licenciado em Arquitectura e frequentou o Mestrado em Teatro da ESTC. Como intérprete, destaca os espectáculos mais recentes: “Coriolano” (Enc. Nuno Cardoso); “Arraial” (Dir. André Braga e Madalena Victorino); “Sangue” e “Titus: laboratório de sangue” (Enc. de David Pereira Bastos). Juntamente com o actor Paulo Lima e a pianista Joana Gama fundou, em 2009, o colectivo Esticalimógama, tendo produzido os espectáculos “Benny Hall” e “The Arts Peep Show Caffe”. Foi colaborador do canal Q, no programa diário “Inferno, onde assinou a rubrica “Capitão Cultura”. Fez a sua estreia no cinema com “Der Schlingel”, de Paulo Abreu. Assinou quatro encenações: “Deus – uma peça” (TEUC); “Escorbuto” (TEUC/Arte à Parte/TAGV/UC) ; “360 Azorean Torpor” (Teatro Toitoi/TAGV/UC) e “Rhesus” (Teatro Toitoi/TAGV/UC).
[Toi, (do Rotwelsch tof; do Iídiche tov) é um termo que deriva do hebraico טוב (“bom”). Em Alemão Antigo tem semelhanças fonéticas com a palavra “diabo”. É usado como som onomatopaico para a ação de cuspir (a saliva, tradicionalmente, contém propriedades anti-demoníacas). Toi toi toi é ainda hoje empregue, nomeadamente em países germânicos, no ato de se desejar boa sorte ou para repelir um feitiço. Em algumas regiões interiores de Portugal, “toi” é usado como termo pueril para cocó, e “toi toi” para chichi + cocó.]